O PMDB é o partido político brasileiro com maior número de filiados. É também dono da maior representação no Congresso Nacional. Goste-se ou não dele, o PMDB tem sido o fiel da balança da vida parlamentar. Conseguiu a difícil façanha de ter a presidência da Câmara e do Senado. Isso sem que se saiba ao certo qual sua linha programática, sua ideologia ou que país seus líderes têm na cabeça.
Com presença em quase todos os escândalos recentes em Brasília, o PMDB está de novo no centro do debate político sob péssima luz. Sua numerosa bancada, porém, é tratada a pão de ló pelo Palácio do Planalto, numa incoerência nunca antes vista em nossa história política, pois, quem não se lembra que tempos atrás lula chamava Sarney de ladrão e grileiro, e, hoje, o presidente não toma nenhuma decisão sem antes consultar Sarney e Rennan, sem levar em consideração, que o presidente é defensor intransigente das corrupções envolvendo os referidos senadores.
Como, ao que parece, o destino da nação está amarrada ao do PMDB, é vital tentar entender se o partido é mesmo a encarnação do mal ou apenas aquele que melhor se aproveita dos incentivos ao fisiologismo e à corrupção oferecidos pelas atuais regras da política brasileira.