
O Hospital Sancho leite foi alvo de elogios no relatório apresentado por técnicas da Secretaria de Planejamento do Estado, quando de uma visita de supervisão do Convênio nº 015/2.008 FUNCEP, realizada no início do corrente mês. Este comunicado foi feito pela referida Secretaria ao prefeito Wenceslau Marques no dia 16 próximo passado, quando o mandatário teixeirense foi até aquela secretaria para cobrar o pagamento correspondente às parcelas da referido convênio dos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, que somam o valor de R$ 75.000,00. Fato que tem prejudicado muito a administração pública, pois a prefeitura tem deixado de pagar outras obrigações e fornecedores para manter o hospital funcionando, para não prejudicar milhares de pessoas de Teixeira, Maturéia, Cacimbas, Desterro e Imaculada.
Segundo informa o relatório, o hospital se destaca em relação a muitos outros conveniados com a Secretaria de Planejamento; pois todos os setores estavam funcionando adequadamente na ocasião da supervisão inesperada, e isto é motivo de orgulho e satisfação para todos que ali trabalham, desde o mais humilde ao mais graduado.
Encontraram funcionando normalmente a farmácia básica; o laboratório de análises; o plantão médico; o atendimento de emergência; os equipamentos de oxigênio; o serviço de limpeza; o serviço de cozinha; etc, etc.
Com relação à limpeza, o relatório destaca o Hospital Sancho Leite como um dos mais limpos do estado, fato imprescindível para combater a infecção hospitalar.
Se o setor de saúde pública está na UTI em várias metrópoles e grandes capitais do nosso país, como assistimos todos os dias nos jornais de televisão, onde se mostra pacientes morrendo nos corredores de hospitais por falta de assistência médica e de medicamentos, pois os recursos são cada vez mais escassos para este setor, e os profissionais da área cada vez mais disputados, quem pode medir um elogio como este de um relatório apresentado por uma secretaria estadual de planejamento.
Para quem não sabe, ou faz que não sabe, o Hospital Sancho Leite atende hoje cerca de 2.000 pacientes por mês, sendo que deste número, 350 são de cidades circunvizinhas, cujas prefeituras pegam carona, podemos assim dizer, sem contribuir com nenhum centavo para as despesas com médicos, enfermeiros, seringas, oxigênio, medicamentos, faixas, etc, etc. E as vezes acontece desses pacientes terem que ser encaminhados para Campina Grande ou João Pessoa, e aí entra a despesa para o hospital com ambulâncias, pois em alguns casos os pacientes são deixados aqui em Teixeira sem, sequer, um acompanhante.
Daí, o número excessivo de viagens das ambulâncias e de outros veículos da saúde, pois trata-se de uma questão humanitária, de vida ou morte. Sem falar que na administração do senhor Elenildo Queiroz, descredenciaram junto ao Ministério da Saúde o hospital regional de Patos passa atender pacientes de Teixeira, enquanto que credenciaram Campina Grande e João Pessoa, fato que onerou demasiadamente as despesas com viagens, pois muitos casos que poderiam ser resolvidos em Patos, numa distancia de 30 quilômetros, passaram a ser resolvidos em Campina ou João Pessoa, numa distancia entre 175 e 295 quilômetros.
Nesse sentido, o prefeito Wenceslau Marques está lutando desesperadamente, junto ao Ministério da Saúde, com o apoio de alguns deputados federais, para voltar a credenciar Patos a atender pacientes de Teixeira, A coisa não é tão fácil como se pensa, mas, com fé em Deus, o prefeito haverá de conseguir reverter essa situação.