sexta-feira, 27 de março de 2009

SECRETÁRIO DE COMUNICAÇÃO DIZ QUE CLASSE POLÍTICA ASSISTE DE CAMAROTE O INFERNO VIVIDO PELOS PREFEITOS




O secretário de comunicação da prefeitura de Teixeira, agrônomo Espedito Silveira, quando participava de uma reunião do Diretório regional do PDT, afirmou que a classe política que compõem o Congresso Nacional está assistindo de camarote o inferno vivido pelos prefeitos.

Espedito afirmou que o impacto da crise econômica sobre as prefeituras é algo assustador, pois os meses de melhor arrecadação sempre foram: dezembro, janeiro, fevereiro e março, e hoje o que se percebe é que houve uma queda nas parcelas do FPM nesses meses em torno de 19,5%, comparado com o exercício de 2.008. “Se isto está ocorrendo com os melhores meses, imagine o que acontecerá nos meses de julho, agosto, setembro e outubro?”, indagou Espedito.

         “Imaginem os senhores, que a prefeitura municipal de Teixeira esperava uma parcela do FPM do dia 10 de março em torno de 110 mil reais, e recebeu, após os descontos, a quantia de 26 mil reais. Já na parcela do dia 20 de março, a prefeitura esperava receber aproximadamente 80 mil reais, e recebeu, tirando os descontos, a quantia de 12 mil reais. Se somarmos as duas parcelas, não dá para pagar o repasse da Câmara de Vereadores que representa 57 mil reais. Isto não está ocorrendo só com Teixeira, mas sim, com todos os municípios brasileiros. Conversando outro dia com Nabor Wanderley, prefeito de Patos, ele me afirmou que da parcela do dia 20 de março, restou para a prefeitura, após os descontos, a quantia de 2 mil reais.”, falou Espedito.


Além de viver o drama da crise econômica, Espedito disse em seu pronunciamento que as prefeituras enfrentam outro drama: o da renegociação da dívida com o INSS. “Os prefeitos estão desesperados, pois precisam urgentemente da certidão negativa do INSS, sob pena de perderem as emendas federais, e, no entanto, só podem tirar a certidão negativa se renegociarem a dívida com o INSS. Ocorre, que a Medida Provisória foi assinada, mas as normas para um novo parcelamento ainda não foram divulgadas.”

Durante sua falação, Espedito disse que já se acumulam nos gabinetes dos prefeitos, inúmeros problemas causados pela crise, acrescentando que o atraso de salários e as demissões rondam as prefeituras dos pequenos e médios municípios, que sobrevivem basicamente do FPM. Citando que várias prefeituras da Paraíba já demitiram servidores contratados, enquanto que outras vão atrasar o pagamento de março.


“O que mais revolta os prefeitos é o silêncio da classe política. Quando falam em seus discursos de campanha, eles dizem, em alto e bom som, que os municípios são as células do desenvolvimento e defendem o municipalismo, no entanto, se calam diante de uma crise que corroe as administrações públicas municipais.” concluiu Espedito.

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